Letrinhas ao vento

Sunday, June 03, 2007

Grêmio FBPA*

O Grêmio FBPA - é realmente uma paixão.
A 'escola' futebolística gremista lhe diz algo, ou é meramente só uma posição visceral, tão típico de nós, gaúchos!?


Sou gaúcha, né!? Visceral, passional, apaixonada!!!
Mas, como estava respondendo antes, sempre quero mais. E nisso me identifico muito com o Grêmio e sua persistência, luta.
Pena que o "Banguzinho" de hoje não está tão bom com foi no tempo do Koff e Felipão.... Mas acho o Mano Menezes muito bom!!
03062007

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Aposentadoria*

Parar de trabalhar foi, sem dúvida, a pior coisa. Como defesa, me isolei e veio a depressão que falei antes.
Hoje tento manter ativa a cabeça fazendo trabalhos acadêmicos para universitários. e aí vejo 2 coisas: uma, que disperdício de massa cinzenta; outra, buscar caminhos para não despediçar minha cabeça e minha inteligência.

Falando sobre isso dá o sentimento de como faço pouco, e sei que muitos nem esperam nada de uma pessoa no meu estado. Mas eu quero mais.

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Diferenças pós sequelas*

Principalmente paciência, tolerância e calma, não necessariamente nesta ordem.E nem sempre controladas a contento. Óbvio que é mais fácil com quem o convívio não é continuo. Tenho também aquelas horas que nem eu me aguento, como todo mundo.

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Saturday, June 02, 2007

Crença*

Creio em Deus como uma força maior, um guia do bem.
E penso no que preciso aprender, depurar. E assim vou vivendo, tentando hoje ser melhor do que fui ontem, com direito a umas paradinhas para não pensar em nada.

Acho que a maneira como levo as coisas, de uma forma positiva, ajuda a muita gente a encarar seus problemas mais positivamente.

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Friday, June 01, 2007

Outros logo para PP















Outros logo para PP





Eu e o orkut*

Fui convidada uns 2 anos antes de entrar. Achava modismo!
Até que entrei acho em 2005 e encontrei muita gente amiga e as comunidades de EM, dos cadeirantes, deficientes, depois passeei pelas de Arquitetura, de Urbanismo.
Numa das comunidades de EM, conheci o Peter que me levou na UP. Ainda não tinha participado de uma comunidade on line e AMEIIIII. Conheci muita gente lá, inclusive alguns de vcs e assim vim aqui. Sou uma das moderadoras lá, mas como ta muito parado, tenho diversificado um pouco. Sempre dou a passadinha básica, mas nunca me senti na obrigação de participar de todos os tópicos porque sou moderadora.
Teve uma época que participei bastante da Meus Pensamentos & Entrevistas mas dei um tempo de orkut e não consegui voltar lá: estava 4x maior do que quando entrei...
Foi daí que comecei a ser assídua aqui, a participar das gincanas, dar um pitaco aqui outro lá.
Não gosto de fazer coleção de comunidades ou de comunidade-perfil. Participo sem participar só de essenciais. Hoje inclusive sai de várias.

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Zeca*

Cell.... pelo q entendi, por ocnta de seus problemas vc fica muito em casa? ... entao conta o que voce faz por aí... - muito DVD? - leitura? que tipo?-sua dica para levantar o astral...- diga alguma coisa que te dê prazer- como vc tem percebido esse mundo dos 40 anos (estou nele...e em crise!!!)- algum animal de estimação?- uma meta- um prato- música.... é presente? qual o CD que mais repete por aí?- vc é muito presente no mundo orkutiano (amigos virtuais ?)- religião - presente?



Zeca

Fico muito em casa, sim. E tenho uma rotina de cuidados intensa: fisioterapia 3x por semana, às xx todos os dias quando não chove e posso sair, fonoaudióloga todas as quartas e acupuntura semana sim, semana não.

Não tenho dvd, só no pc, mas nunca fui de alugar muito filme, desde o tempo do VHS.
Adoro ler, mas tenho uma preguiça de começar............. depois não largo mais, quero ir até o fim.Estou com o TU para ler e “Quando Nietzsche chorou” começado. Não leio muita poesia. O Ro é que ta me ensinando, mas amo Fernando Pessoa, também por sua história de ser 4 em 1.

Quando a dependência foi instalada entrei numa depressão profunda, que nem acreditava que existisse, que era frescura e falta de vontade de quem dizia que sentia. Só queria ficar em casa, troquei o dia pela noite, almoçava 4 da tarde... Aí que conheci esse estado de depressão e não conseguia ter forças para sair. Mas consegui uma aliada, a fluoxetina, que segurou as pontas enquanto achava o resto dentro de mim.

Hoje estou envolvida com a LEME – Associação de Lesados Medulares do RS, com sede aqui em Novo Hamburgo e encontrei minha turma: um bando de cadeirantes que se encontram para fazer fisio, rir, conviver socialmente, se ajudar mutuamente. Isso deu um novo ânimo na minha vida: estou envolvida com as atividades, projetos para conseguir verbas, divulgar...

Sobre a crise dos 40.... Estou com 46, mas crise, crise, tive aos 35. Valeu pela dos 30 e dos 40 juntas kkkkkkkkkkkkkkk
Será que ela vai me pegar aos 50????

Não tenho animal de estimação. E sinto uma falta................ sou cachorreira, sempre fui. Minha cadelinha Milla mora na casa da minha ex-sogra e tem lomba para ir lá e não consigo ir lá sozinha.

Meta: não sei se posso dizer isso, mas quero ver se consigo fazer transplante autólogo de células tronco. No protocolo inicial das pesquisas, não faziam em cadeirantes, mas avançaram as pesquisas e mudaram o protocolo. Tenho um amigo paulista que fez e aparece no JN semanas atrás e outro que está em processo em Ribeirão Preto, onde começaram as pesquisas, e está tolerando muito bem. Mas quero ver se consigo fazer aqui em Porto Alegre mesmo.

Um prato: um belo macarrão ou um churrasco mal passado, como uma boa gaúcha! Na verdade, como muito pouca carne vermelha, mas não resisto a um bom churras!!

Música: já fui bem mais movida a música que hoje e tenho um gosto eclético de qualidade: rock, rock, pop, muita mpb. Odeio axé, pagode e sertanejo, mas sei reconhecer o valor da luta e batalha.

O orkut, respondo na próxima.
Religião: como diz o orkut “Tenho um lado espiritual independente de religiões.” Sou do bem, acredito na reencarnação e vidas passadas, procuro a luz, que está em vários lugares e adquire formas variadas.

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Dependência*

Putz, isso fez eu pensar em como responder. Essa não é uma entrevista sobre EM, mas sua definição básica acho necessária:

A esclerose múltipla é uma das doenças que as pessoas mais associam à velhice. Mas é na juventude, a partir dos 20 anos, que ela começa a se manifestar. A doença evolui em crises – e seu desenvolvimento é imprevisível. Essas crises podem levar a dificuldades para ver, ouvir e andar, e também a falhas de memória. A partir da década de 80, com a precisão das imagens obtidas por exame de ressonância magnética, a esclerose múltipla passou a ser diagnosticada mais precocemente. Os remédios progrediram bastante nos últimos anos. Os medicamentos mais modernos aumentam o intervalo e diminuem a intensidade das crises. Doença sem cura nem causas conhecidas, a esclerose múltipla surge de uma falha nas defesas do organismo. Em algum momento, o sistema imunológico começa a perceber o próprio corpo como inimigo. Na esclerose múltipla, o “alvo” é a mielina, substância importante na comunicação entre os neurônios.
http://esclerosemultipla.wordpress.com/tag/sobre/

Então, foi por progressão dela que fiquei cadeirante.
Durante um tempo me impus uma postura de negação ao avanço da EM em mim como uma fuga/estratégia de convivência com ela: as seqüelas, aparentes ou invisíveis, não me incomodavam!!!
Quando fui para a cadeira, ainda conseguia “me arrastar” com apoio. Mas a cadeira era tão mais fácil... sem fadiga, mal estar. Resumo: fui me acomodando. E travando sem perceber. Quando vi, estava completamente travada, sem conseguir fazer movimentos com as pernas sozinha. Como tudo que não é usado, Tudo que nperceber. Quando vi, estava completamente travada, sem conseguir fazer movimentos sozinha. Como tudo que não é usado atrofia.............

A cadeira foi chata porque me limitou deslocamentos e, por isso, vida profissional. Sempre fui muito ativa e achei horrível “não poder” dirigir, ir a lugares, conviver com muitas pessoas. Mas, na verdade, ela mais me ajuda que me limita.

Depois veio o resto: as fraldas, o banho, trocar de roupa, virar na cama... Mas contar com ajuda, mesmo paga por salários, não pode ser transformado num “problema” de vida porque é uma SOLUÇÃO. Uso fraldas por não ter condições físicas de chegar a tempo no banheiro, porque quando vem a vontade não consigo comandar a musculatura para segurar. Conto com ajuda das babás porque não consigo mais fazer as coisas sozinha. Elas são minhas companheiras, fazem parte da minha família.

Tem muita coisa sobre isso que vai aparecer durante outros assuntos.

Ah, esqueci de contar: minha cadeira é elétrica, com baterias, e ando pela cidade com ela. Só não consegue vencer subidas íngremes - e aqui tem um monte - e ando no asfalto na contra-mão, para poder ver os carros e ser vista por eles.

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Cell por Cell*

Ai, ai, ai, ai, ai, ...Essa é a pior pergunta............
sou brasileira, gaúcha, GREMISTA.

Sou arquiteta, mas a Esclerose Múltipla me tirou do mercado de trabalho e me deixou cadeirante, mas como quem tá crecado é meu corpo, a cabeça continua por aí. Adoro a internet, minha janela para o mundo.

Descasada, 46 anos, sem filhos, moro sozinha e tenho duas "babás" - cuidadoras - uma de dia e outra de noite. Aliás, aceitar a dependência foi uma das coisas mais difíceis que enfrentei.

* Resposta à entrevista
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=21140341&tid=2535218069827278523&start=1
na comunidade "É Proibido Proibir!"
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21140341

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