Ambiências Urbanas
"Muito mais do que um espaço fechado, recortado por ruas e avenidas, construído com blocos de concreto e lajes de aço a dominar todas as paisagens, a cidade é um território de relações no qual cada cidadão/cidadã busca satisfazer suas necessidades e realizar quereres (...), é uma realidade viva, pulsante. Ela é composta e compõe uma rede de fluxos de pessoas, mercadorias, matérias, energia em constante movimento." (Lopes, Pelas ruas da cidade: a construção do espaço urbano e da cidadania, págs. 5–6.). |
O campo das ambiências urbanas vem sendo desenvolvido no Brasil, em cooperação com a França, desde 2002. A noção de ambiência traz como contribuição a emancipação das perspectivas normativas demais em matéria de ambiente, fazendo valer a atividade do sujeito da percepção e o papel das práticas sociais na concepção sensível do espaço construído.
Assim, à visão clássica que caracteriza um ambiente do ponto de vista puramente físico, substitui-se uma concepção mais qualitativa, aberta e interdisciplinar, restituindo o direito da cidade à percepção sensível e à experiência estética, bem como à percepção dos seus riscos. Desta forma, as ciências humanas e sociais encontram seu lugar e articulam-se então às ciências para a concepção do espaço (arquitetura e urbanismo) e à engenharia.
Apreender a dinâmica das ambiências urbanas de uma cidade, espaço ou lugar, permite captar a qualidade de vida e a forma como os projetos de intervenção alteram a percepção da população e geram a transformação dessa ambiência.
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